sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Atividade 4


Nas atividades anteriores foi apresentada a história de personalidades como Helô Pinheiro e Vinicius de Moraes. Esse relato da vida das pessoas chama-se biografia.


Biografia é um gênero textual em que se conta a vida de alguém, independente do que faz, pensa ou sente. Funciona assim: alguém seleciona o trecho da própria percepção sobre o que viu um dia dizer ou fazer e então, a partir esse retalho, constrói toda uma história. Vai desde o nascimento (em circunstâncias ou família suspeitas), passando pelo principal, que é o objetivo de toda biografia.
(fonte:http://outubro.blogspot.com/2010/11/o-que-e-uma-biografia.html)

Agora é a sua vez de contar sua história, redija uma autobiografia.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ATIVIDADE 3

Sérgio Mendes e Black Eye Peas "Mas que nada"

Lyrics to Mas Que Nada ft Black Eyed Peas by Sergio Mendes




(Feat. Black Eyed Peas)



Oaria raio
Oba Oba Oba
Oaria raio
Oba Oba Oba

mas que nada
black eyed peas came in to make it hotter
we beat the party starters
bubblin up just like lava
like lava heat it like a sauna
penetrating into your body armor
rhythmically we message ya
with hip hop mixed up with samba
with samba so yes yes yall
you know we never stop
we never rest yall
the black eyed peas are keeping it funky fressh yall
and we wont stop until we get you, til we get you

Oaria raio
Oba Oba Oba
Oaria raio
Oba Oba Oba

peter piper picked peppers but Tab rocked ryhmes
1,2,3 for several times
heavy rotation made by every kind
of radio stations blessing every mind
and we crossing boundaries like everyday
we got we got tab magnification tab magnafied
like every day
so yes yes yall
you know we never stop we never rest yall yall
the black eyed peas are keeping it funky fressh yall
and we wont stop until we get you, til we get you sayin

Oaria raio
Oba Oba Oba (la la la la la)
Oaria raio
Oba Oba Oba

drop hot hot be my daily operation
got to put a right in this crazy occupation
gotta keep it movin' thats the motivation
gotta ride the waves and keep a tight relation
with my team keeping moving and doing it right
i've been in a lab every day til daylight
thats the way things move in this monkey business
we took a old samba song and remixed it

 
Mas que nada
Sai da minha frente
Eu quero passar
Pois o samba esta animado
O que eu quero e sambar
Este samba
Que e misto de maracatu
E samba de preto velho
Samba de preto tu

mas que nada, we gonna make you feel lil hotter
peas and Sergio Mendes heating up sambaaaa
badabababababaaaaaa
sergio play your piano sergio play your yo yo yo yo piano (echoing)

check it out

Oaria raio
Oba Oba Oba (la la la la la)
Oaria raio
Oba Oba Oba (la la la la la)
Oaria raio
Oba Oba Oba

Este samba
Que e misto de maracatu
E samba de preto velho
Samba de preto tu (la la la la la)


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ATIVIDADE 3

A música Garota de Ipanema foi originalmente composta em 1962.


Vinícius de Moraes fez a letra da música Garota de Ipanema inspirado numa moça que passava freqüentemente em frente ao Bar Veloso em Ipanema.

Esta moça chamava-se Heloísa Eneida Menezes Pais Pinto - mais conhecida como Helô Pinheiro.

Tom e Vinícius estavam freqüentemente presentes no bar, que possuía pequenas mesas na calçada.
A Garota de Ipanema, Heloísa, morava na rua Montenegro número 22 e somente dois anos e meio depois, já com namorado, que ficou sabendo que era a inspiração da canção.

Garota de Ipanema é uma das canções mais famosas da bossa nova e MPB.
A gravação em inglês (letra de Norman Gimbel), pela cantora Astrud Gilberto em 1963, lançou The Girl from Ipanema como sucesso mundial.


A verdadeira Garota de Ipanema

Divulgado por Vinícius de Moraes em 1965.
Seu nome é Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mas todos a chamam de Helô.
Há três anos ela passava, ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, em demanda da praia, e nós a achávamos demais. Do nosso posto de observação, no Veloso, enxugando a nossa cervejinha, Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa.
O ar ficava mais volátil como para facilitar-lhe o divino balanço do andar. E lá ia ela toda linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial do seu balanceio quase samba, e cuja fórmula teria escapado ao próprio Einstein; seria preciso um Antônio Carlos Jobim para pedir ao piano, em grande e religiosa intimidade, a revelação do seu segredo.
Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez de nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros. Ela foi e é para nós o paradigma do broto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça mas cuja a visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da mocidade que passa, da beleza que não é só nossa - é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante.
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A eterna Garota de Ipanema
Helô Pinheiro entrega os prós e contras de ser a musa de Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Por Ana Paula Rodrigues
 
 Frequentemente, Heloísa passava em frente ao bar Veloso – que mais tarde mudaria para bar Garota de Ipanema – na esquina das ruas Montenegro e Prudente de Moraes. Jovem e linda, ela atraía os olhares das pessoas por onde passava. O que Helô, como é chamada até hoje, não imaginava é que dois desses admiradores a tornariam mundialmente famosa e lhe dariam um título importante pelo resto da vida. Tom Jobim e Vinícius de Moraes se encantaram pela jovem e, em sua homenagem, escreveram uma das letras mais famosas da música brasileira. Garota de Ipanema foi composta em 1962, época em que Helô Pinheiro tinha apenas 17 anos. Quarenta e seis anos depois, ela continua linda, mas deixou a famosa praia carioca para morar em São Paulo. “Pretendo voltar para o Rio. Tenho família lá e é o meu lugar”, confessa. A musa se tornou empresária e montou uma rede de roupas de praia com o nome da música de Tom e Vinícius - a contra-gosto da família de Tom Jobim. “Eles me processaram em 2001 pelo uso do nome, mas eu o registrei, tenho o direito de usar”. Nesta entrevista, Helô Pinheiro abre o jogo sobre o que é ser a eterna Garota de Ipanema.
 
DNA - Como conheceu Vinícius de Moraes e o Tom Jobim?
Helô – Pessoalmente só depois da música. Antes, eles não eram tão conhecidos, nem saía foto deles em lugar nenhum. Um dia, um fotógrafo comentou comigo que o Tom e o Vinícius tinham feito uma música pra mim. Três anos depois, a canção pegou no exterior e a revista Manchete fez uma reportagem mostrando quem era a musa dos autores. Foi aí que a gente se encontrou. O Vinícius fez uma declaração de próprio punho contando quem eu era.
Divulgação
NA – E o Tom?
Helô – O Tom se declarou pra mim no banquinho da praia quando a gente se conheceu. De cara eu disse: “Você é casado!”. Ele me respondeu que o casamento ia mal. Mas logo aquilo passou, era coisa de jovem... Um tempo depois, o encontrei com sua segunda e última esposa. Ele me disse: “Você não quis se casar comigo. Mas me casei com uma moça que lembra muito você” (risos).
DNA- Como a música mudou sua vida?
Helô - Eu era muito garota. Naquela época, ter 17 anos era a mesma coisa que ter 12 hoje. Era muito inocente. Mas não posso negar que foi um marco na minha vida. Comecei a dar entrevistas e fiquei conhecida.
DNA – E profissionalmente?
Hêlo - Profissionalmente atrapalhou. Me formei em jornalismo e gostaria de ter trabalhado na área. Mas o estigma de Garota de Ipanema não permitiu que isso acontecesse. Sempre que me olham pensam no passado, me veem de biquíni na praia! (risos). Por um lado, me fez bem porque foi um presente. Mas por outro, fui prejudicada porque perdi oportunidades.
DNA – Algo mudou na forma como te tratam hoje?
Helô – Não, até hoje é assim. Sou vista como a garota que vai à praia, que tem o corpo dourado, no sol de Ipanema...
DNA – Hoje, quem você indicaria para receber o título no seu lugar?
Helô –A Ticiane, minha filha. Ela tinha a ideia de produzir um filme sobre a história da Garota de Ipanema, sendo ela a personagem principal. Mas a família do Tom Jobim não liberou o uso da música no filme, mesmo que eu pagasse por isso.
DivulgaçãoDNA – Pensam em retomar esse projeto?
 
Helô – Não. Tentamos conversar, negociar, mas não queremos problemas com a família do Tom. Fui processada em maio de 2001 porque usei o título da música para batizar a minha loja.
DNA – Você ainda usa o nome.
Helô - Tenho o nome registrado. Logo, o direito de usá-lo.
DNA – Atualmente, como está sua vida profissional?
Helô – Esse ano me formo em Direito. Quis estudar para entender melhor o processo que abriram contra mim, para me defender. Cuido das minhas lojas e tenho um programa na TV Justiça, todos os sábados de manhã. Tenho o projeto de um programa de variedades pela internet, mas nada certo ainda.
DNA – Você posou duas vezes para a Playboy?
Helô – Bom, a primeira vez que posei foi em 1987, quando estava me formando na faculdade. Foi o Tom Jobim que escreveu o texto do ensaio. Na segunda, em 2003, fotografei com a minha filha, Ticiane, e o texto foi de Toquinho.
DNA – Posaria de novo?
Helô – Acho que não surgiria proposta. Mas tendo a oportunidade, se o dinheiro valer a pena e me sentir à vontade, não teria objeção. A gente está nesse mundo de passagem. Depois vira ossinho, esqueleto, pó... Não sendo um trabalho vulgar, que agrida, não tem problema.
 
Questão:
Agora que você já conhece a história da Garota de Ipanema, RESPONDA:
Hoje quem é considerada sinônimo de beleza? Por quê?


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ATIVIDADE 2

                              Vinícius de Moraes e Tom Jobim interpretendo "Garota de Ipanema"

Nome: Vinicius de Moraes
                                 Nascimento:19/10/1913
                                 Natural:Rio de Janeiro - RJ
                                 Morte:09/07/1980


"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."

O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia" nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo. Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.



Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural". "Eu queria ter sido Vinicius de Moraes". Otto Lara Resende assim o definiu: "Manuel Bandeira viveu e morreu com as raízes enterradas no Recife. João Cabral continua ligado à cana-de-açúcar. Drummond nunca deixou de ser mineiro. Vinicius é um poeta em paz com a sua cidade, o Rio. É o único poeta carioca". Mas ele dizia nada mais ser que "um labirinto em busca de uma saída".



O que torna Vinicius um grande poeta é a percepção do lado obscuro do homem. E a coragem de enfrentá-lo. Parte, desde o princípio, dos temas fundamentais: o mistério, a paixão e a morte. Quando deixa a poesia em segundo plano para se tornar show-man da MPB, para viver nove casamentos, para atravessar a vida viajando, Vinicius está exercendo, mais que nunca, o poder que Drummond descreve, sem conseguir dissimular sua imensa inveja: "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".



Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes aos nove anos de idade parece que pressente o poeta: vai, com a irmã Lygia ao cartório na Rua São José, centro do Rio, e altera seu nome para Vinicius de Moraes. Nascido em 19-10-1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, na Cidade Maravilhosa, desde cedo demonstra seu pendor para a poesia. Criado por sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, que, dentre outras qualidades, era exímia pianista, e ao lado do pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta bissexto, Vinicius cresce morando em diversos bairros do Rio, infância e juventude depois contadas em seus versos, que refletiam o pensamento da geração de 1940 em diante.



Em 1916, a família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, 129, no bairro de Botafogo, passando a residir com os avós paternos, Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.

No ano seguinte mudam-se para a rua da Passagem, 100, no mesmo bairro. Nasce seu irmão Helius. Com a irmão Lydia, passa a freqüentar a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.



Em 1920, por disposição de seu avô materno, é batizado na maçonaria, cerimônia que lhe causaria grande impressão.



Após três outras mudanças, em 1922 a família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, 109-A.



Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria, no ano seguinte.



Em 1924, inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente. Começa a cantar no coro do colégio nas missas de domingo, criando fortes laços de amizade com seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este sobrinho de Raul Pompéia. Participa, como ator, em peças infantis.



Torna-se amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz, em 1927, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do colégio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casas de famílias conhecidas.



Compõe, no ano seguinte, com os irmãos Tapajóz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso. Nessa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.



A família volta a morar na rua Lopes Quintas em 1929, ano em que Vinicius bacharela-se em Letras no Santo Inácio. No ano seguinte entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil, para ingressar no "Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais" (CAJU), tornando-se amigo de Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle.



Em 1931, entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).



Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial da Reserva, em 1933. Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.



Forma e exegese, seu livro de poesias lançado em 1935, ganha o prêmio Felipe d'Oliveira.



Em 1936, substitui Prudente de Moraes Neto como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher". Conhece o poeta Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.



Em 1938, é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, para onde parte em agosto daquele ano. Trabalha como assistente do programa brasileiro da BBC. Conhece, então, na casa de Augusto Frederico Schmidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se tornaria um dos maiores amigos. Instado por outro grande amigo, Otávio de Faria, a se tornar um poeta mais com os pés no chão, e não o "inquilino do sublime" como, então, o chamou, lança Novos Poemas. Seguindo esta mesma linha, são lançados, posteriormente, Cinco Elegias, em 1943, e Poemas, Sonetos e Baladas, escrito em 1946, que já começam a mostrar o poeta sensual e lírico, mas, como ele próprio disse, um "poeta do cotidiano".



No ano seguinte, casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello. No final desse ano, retorna ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra. Parte da viagem é feita em companhia de Oswald de Andrade.



O ano de 1940 marca o nascimento de sua primeira filha, Suzana. Torna-se amigo de Mário de Andrade.



Estréia como crítico de cinema e colaborador no Suplemento Literário do jornal "A Manhã", em companhia de Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo, em 1941.



Em 1942, nasce seu filho Pedro. Favorável ao cinema silencioso, Vinicius inicia um debate sobre o assunto com Ribeiro Couto, que depois se estende à maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti. A convite do então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros àquela cidade, onde se liga por amizade a Hélio Pelegrino, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Otto Lara Resende. Juntamente com Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, inicia a roda literária do Café Vermelhinho, no Rio de Janeiro, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira e Bruno Giorgi, entre outros. Conheceu a escritora argentina Maria Rosa Oliveira e, através dela, Gabriela Mistral. Freqüenta as domingueiras na casa de Aníbal Machado. Ainda nesse ano, faz extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.



No ano seguinte, ingressa, por concurso, na carreira diplomática. Publica Cinco Elegias em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.



Dirige, em 1944, o Suplemento Literário de "O Jornal", onde lança, entre outros, Pedro Nava, Francisco de Sá Pires, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Marcelo Garcia e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Athos Bulcão, Maria Helena Vieira da Silva, Alfredo Ceschiatti, Carlos Scliar, Eros (Martin) Gonçalves e Arpad Czenes.



Em 1945, um grande susto: sofre grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro "Leonel de Marnier", perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacyr Werneck de Castro. Colabora com vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Escreve crônicas diárias para o jornal "Diretrizes". Faz amizade com o poeta chileno Pablo Neruda.



No ano de 1946, assume seu primeiro posto diplomático: vice-consul do Brasil em Los Angeles, Califórnia (USA). Ali permanece por quase cinco anos, sem retornar ao seu país. Publica, em edição de luxo, com ilustrações de Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.



Vinicius, amante da sétima arte, inicia seus estudos de cinema com Orson Welles e Gregg Toland. Lança, com Alex Viany, a revista Film, em 1947.



Em 1949, João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa manual, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema Pátria Minha.



Visita o poeta Pablo Neruda, no México, que se encontrava gravemente enfermo. Ali conhece o pinto Diogo Siqueiros e reencontra o pintos Di Cavalcanti. Morre seu pai. Volta ao Brasil, em 1950.



No ano seguinte, casa-se, pela segunda vez, com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli. A convite de Samuel Wainer, começa a colaborar no jornal "Última Hora", como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.



Em 1952, é nomeado delegado junto ao Festival de Punta del Este, fazendo paralelamente sua cobertura para "Última Hora". Terminado o evento, parte para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização do Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade. Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas Cinco Elegias. Sob encomenda do diretor Alberto Cavalcanti, com seus primos Humberto e José Francheschi, visita, fotografa e filma as cidades mineiras que compõem o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor.



Em 1953, nasce sua filha Georgiana. Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tu passas por mim". Faz crônicas diárias para o jornal "A Vanguarda" e colabora no tablóide semanário "Flan", de "Última Hora". Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreve Orfeu da Conceição, obra que seria premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo no ano seguinte, e que teve montagem teatral em 1956, com cenários de Oscar Niemeyer. Posteriormente transformada em filme (com o nome de Orfeu negro) pelo diretor francês Marcel Camus, em 1959, obteve grande sucesso internacional, tendo sido premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Nesse filme acontece seu primeiro trabalho com Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim).



Sai da primeira edição de sua Antologia Poética. A revista "Anhembi" publica Orfeu da Conceição, em 1954.

No ano seguinte, compõe, em Paris, uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro. Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu negro. Volta ao Brasil em curta estada, buscando obter financiamento para a realização do filme. Diante do insucesso da missão, retorna a Paris em fins de dezembro.

Em 1956, retorna à pátria, no gozo de licença-prêmio. Nasce sua filha, Luciana. A convite de Jorge Amado, colabora no quinzenário "Para Todos", onde publica, na primeira edição, o poema O operário em construção. A peça Orfeu da Conceição é encenada no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar. As músicas do espetáculo são de autoria de Antônio Carlos Jobim, dando início a uma parceria que, tempos depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova. Retorna ao posto, em Paris, no final do ano.

Publica Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal, em 1957. É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No final do ano é transferido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil.

Em 1958, sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP "Canção do amor demais", de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa nova, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de saudade", considerado o marco inicial do movimento.

1959 marca o lançamento do LP "Por toda a minha vida", de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno. Casa-se sua filha Susana.

No ano seguinte, retorna à Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Em novembro, nasce seu neto Paulo. Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, uma edição popular da peça Orfeu da Conceição e Recette de femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff.

Começa a compor com Carlos Lyra e Pixinguinha. Aparece Orfeu negro, em tradução italiana de P. A. Jannini, em 1961.

Dá início à composição de uma série de afro-sambas, em parceria com Baden Powell, entre os quais "Berimbau" e "Canto de Ossanha". Com Carlos Lyra, compõe as canções de sua comédia musicada Pobre menina rica. Em agosto desse ano, 1962, faz seu primeiro show, que obteve grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", iniciando a fase dos "pocket-shows", onde foram lançados grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e "Samba da benção". Na mesma boate, faz apresentação com Carlos Lyra para apresentar "Pobre menina rica", ocasião em que é lançada a cantora Nara Leão. Compõe, com Ary Barroso, as últimas canções do grande mestre da MPB, como "Rancho das Namoradas". É lançado o livro Para viver um grande amor. Grava, como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.

Em 1963, inicia uma parceria que produziria grandes sucessos com Edu Lobo. Casa-se com Nelita Abreu Rocha e retorna a Paris, assumindo posto na Delegação do Brasil junto à UNESCO.

No início da revolução de 1964, retorna ao Brasil e colabora com crônicas semanais para a revista "Fatos e Fotos", ao mesmo tempo em que assinava crônicas sobre música popular para o "Diário Carioca". Começa a compor com Francis Hime. Com Dorival Caymmi, participa de show muito sucesso na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Desse show é feito um LP.

1965 marca o lançamento de Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério de Educação e Cultura. Ganha o primeiro e segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. Parte para Paris e St. Maxime para escrever o roteiro do filme "Arrastão". Indispõem-se com o diretor e retira suas músicas do filme. Parte de Paris para Los Angeles a fim de encontrar-se com Jobim. Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, 20. Começa a trabalhar no roteiro do filme "Garota de Ipanema", dirigido por Leon Hirszman. Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.

No ano seguinte é lançado o livro Para uma menina com uma flor. São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa. Seu "Samba da benção", em parceria com Baden Powell, é incluído, em versão do compositor e ator Pierre Barouh, no filme "Un homme... une femme", vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano. Vinicius participa do juri desse festival.

Em 1967, sai a sexta edição de sua Antologia Poética e a segunda de Livro de Sonetos (aumentada). Faz parte do júri do Festival de Música Jovem, na Bahia. Ocorre a estréia do filme "Garota de Ipanema". É colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto.

Falece sua mãe, em 25 de fevereiro de 1968. Aparece a primeira edição de sua Obra Poética. Seus poemas são traduzidos para o italiano por Ungaretti.

Em 1969, é exonerado do Itamaraty. Casa-se com Cristina Gurjão, com quem tem uma filha chamada Maria.

No ano seguinte, casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy. Inicia parceria com o violonista Toquinho.

Em 1971, muda-se para Salvador, Bahia. Viaja pela Itália, numa espécie de auto-exílio. No ano seguinte, com Toquinho, lança naquele país o LP "Per vivere un grande amore".

A Pablo Neruda é lançado em 1973. Trabalha, no ano seguinte, no roteiro, não concretizado, do filme "Polichinelo". Participa de show com Toquinho e a cantora Maria Creuza, no Rio. Confirmando os boatos de que o governo o perseguia, excursiona pela Europa e grava dois discos na Itália com Toquinho, em 1975.

Em 1976, novo casamento, agora com Marta Rodrigues Santamaria. Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.

Participa de show na casa de espetáculos "Canecão", no Rio, com Tom Jobim, Toquinho e Miúcha. Grava um LP em Paris, com Toquinho, em 1977.

No ano seguinte, excursiona com Toquinho pela Europa. Casa-se com Gilda de Queirós Matoso.

Em 1979, participa de leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), a convite do líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

No dia 17 de abril de 1980, é operado para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 09 de julho, de edema pulmonar, em sua casa na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher. Extraviam-se os originais de seu livro O deve e o haver.

Lançado postumamente, no Livro de Letras, publicado em 1991, estão mais de 300 letras de músicas de autoria de Vinícius, com melodias suas e de um sem número de compositores, ou parceirinhos, como carinhosamente os chamava.

Em 1992, é lançado um livro que hibernou anos junto ao poeta: Roteiro Lírico e Sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde Nasceu, Vive em Trânsito e Morre de Amor o Poeta Vinicius de Moraes.

No ano seguinte, uma coletânea de poesias é publicada no livro As Coisas do Alto - Poemas de Formação, mostrando a processo de formação do poeta, que é uma descida do topo metafísico à solidez do cotidiano.

Em 1996, é lançado livro de bolso com o título Soneto de Fidelidade e outros poemas, a preços populares. Essa publicação fica diversas semanas na lista dos mais vendidos, o que vem mostrar que mesmo após 16 anos de seu desaparecimento, sua poesia continuava viva entre nós.

Em 2001, a industria de perfumes Avon lança a "Coleção Mulher e Poesia - por Vinicius de Moraes", com as fragrâncias "Onde anda você", "Coisa mais linda", "Morena flor" e "Soneto de fidelidade".

Inconstante no amor (seus biógrafos dizem que teve, oficialmente, 09 mulheres), um dia foi questionado pelo parceiro Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?".

Num improviso de sabedoria, Vinicius respondeu: "Quantas forem necessárias."

No dia 08/09/2006, é homenageado pelo governo brasileiro com sua reintegração post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, ocasião em que foi inaugurado o "Espaço Vinicius de Moraes" no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro (RJ).

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ATIVIDADE 1

 

                                              Sérgio Mendes interpretando "Garota de Ipanema"



Garota de Ipanema


Olha que coisa mais linda

Mais cheia de graça

É ela menina

Que vem e que passa

Seu doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado

Do sol de Ipanema

O seu balançado é mais que um poema

É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, porque estou tão sozinho

Ah, porque tudo é tão triste

Ah, a beleza que existe

A beleza que não é só minha

Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse

Que quando ela passa

O mundo inteirinho se enche de graça

E fica mais lindo

Por causa do amor





Enquete



Você sabe quem compôs essa música?



a) Tom Jobim e Sérgio Mendes

b) Sérgio Mendes e Vinícius de Moraes

c) Vinícius de Moraes e Tom Jobim

d) Tom Jobim

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vida transformada

Achava que eu me bastava
Não te ouvi nem por um segundo
Segura eu caminhava
Querendo abraçar o mundo

Me olhava, e não me enxergava
Doía, e eu não sentia
Dormia, e não descansava
Gritava, e ninguém me ouvia


Com minhas roupas rasgadas
Andava atordoada
Comia o que sobrava
Cansada, já me arrastava


Você se achegou a mim
Falou que me amava assim
Segurei firme em Sua mão
Fui arrancada do chão

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Não repita palavras
Não fale sem pensar
Aumente seu vocabulário
Ame e deixe amar

Não fale pelas minhas costas
Não apareça sem ligar
Fale o que pensa com jeitinho
Pode vir, vou te esperar

Releia o texto, encontre os erros
Repense seus valores, não feche o cerco
Me conte tudo sem receio
Estou com você, não tenha medo

 
Não fale alto, não faça barulho
As paredes ouvem até sussurros
Olhe por onde anda e coma devagar,
Faça o que quiser, mas não me faça esperar...